segunda-feira, 30 de abril de 2012

Se o mundo é mesmo livre,
se livra das ideias umbigais,
e me deixa conhecer as bocas que me atraem
e as ideias que me excitam.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Essa saudade amargou meu peito.

E eu tô quase desistindo da surpresa e indo embora! É tão mais fácil largar tudo no mundo e voltar para aquilo que te faz bem. Hoje minha mãe disse coisas lindas pra mim, coisas lindas sobre como estão por lá. E a saudade foi tão gritante, que meu ouvido doeu de imaginar a força da minha voz num berro dizendo: EU QUEEEEEEERO VOCÊS! Estou em uma crise poética, escrevendo constantemente textos sobre auto-confiança. E onde ela está?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Verdade?

Existe uma palavra que se chama verdade.
Um dia, uma menina com nome de fim, resolveu procurar a verdade, a sua própria verdade. Ela se juntou com grandes amigos, aprimorou seus dons, criou um gato, plantou uma árvore e começou a escrever um livro. Tudo ia bem, tudo fluía fácil conforme o cronograma colado na parede. A vida voara de forma fácil por um mês. Outro dia, a mesma menina com nome de fim, foi olhar seu caderninho de poesia. Leu três textos escritos no último mês. TRÊS TEXTOS sóbrios. A menina só percebeu ali que ela mentira pra um amigo quando disse que a inspiração está ligada a ordem. A inspiração é a desordem, é o caos da vida! Não se inspiram os que não se apaixonam, os que não se permitem. A menina, agora, ama o caos, ama a vida. Ela consegue ver beleza no amor dos outros, porque se é assim que os outros são felizes, é assim que ela terá de ser feliz. A menina se dá mais chance, se permite. Mas ainda assim existe dor, e essa, meu amigo, não é emocional, é física, e é por isso, meu amigo, que ela não se esquece. O finzinho já se sabe: ela perdoou de verdade.

Sina.

Menino, entenda minha sina:
Nasci mulher e vou morrer menina.

Em termos de ódio,
no meu coração só cabe paz.
Você precisa aprender, rapaz.
Não é o seu amor de peito e bunda!
No amor tem paciência, carinho.
Tem toque, tem beijinho,
tem bom humor e confiança.
O amor é detalhe, é papinho,
é cabana e segredinho.

Pingo no I

O amargo da ressaca foi a primeira coisa que ela sentira. Um vizinho colocou Motorhead pra tocar no volume mais alto e, quando a insanidade do dia anterior voltara à cabeça, ela entrou na página maldita. Era dele. De novo ele dizia que ela sofria demais, pensava demais. De novo ele vinha com fé e esperança. Parece que ele ainda não entendeu o problema, ou a dor que isso causava nela todo dia, ainda mais nesses dias, ainda mais nessa semana. Se ele contasse os dias e os meses, entenderia a perda de controle. Se ele contasse a verdade pra muitos, ela deixaria de ser um passado pesado, e se tornaria só um passado triste, mas que de vez em quando o abraça como alguém do presente, ou uma conhecida do futuro. Ele devia parar de olhá-la de cima, devia parar de filosofar sobre isso e dizer mentiras blasés sobre o que se passa na cabeça dela. O melhor assunto não é a vida dela, e sim, o coração nômade dele.


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http://endquepensa.blogspot.com.br/2011/05/e-o-amor-nao-volta-mais.html

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Assistindo a vida não andar pra trás.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Homem poeta.

Com toda sua ginga e pinto mediano,
o homem poeta vai à caça.
No melhor boteco ou numa festa alternativa,
lá vai o homem poeta.
Ele não se contenta com a comum,
o homem poeta vai direto na musa.
A musa que se faz de difícil,
e dali duas cachaças se derrete.
O homem poeta se apaixona,
dali duas semanas se esquece.

Com toda sua pompa e palavra bonita,
o homem poeta se diz livre.
Mas que liberdade é essa, seu poeta,
que te impede de ficar sozinho?
Óh, homem poeta, porque fazes assim?
Outra musa magoou.
Ah, homem poeta, porque és tão ruim?
Me conte mais sobre teu novo amor!


~ Homem poeta, quero confessar que eu cresci e sei fazer poesia. Sei me deitar sem amor e viver sem afazia. Quero dizer que te queria como um grande amigo. Mas de você sou diferente, não sei olhar só pro meu umbigo.

sábado, 21 de abril de 2012

Conversa de botas batidas.

- Mas se cansei, quer dizer que fiquei mais esperta, serve de alguma forma pra nada disso se repetir e eu ficar mais forte.

-- Serve pra muita coisa no final das contas. Talvez você demore muito pra saber no que vai servir, mas sempre tem uma utilidade e nisso eu acredito muito. Não consigo imaginar coisas que acontecem simplesmente por acontecer, elas acontecem, sim, quando devem acontecer, mas acredito num por que. Às vezes é um pensamento meio bobo, mas eu não consigo ficar sem acreditar em nada.

- Você tá certo. Acreditar em qualquer coisa faz bem e quando a 'coisa' é essa sua teoria, reanima, 'realegra'.

-- Dá uma esperança gigantesca. E não ter esperança é uma morte formal.

- E de morte, a vida já tá cheia!


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Bate-papo com o Gustavo Pavan .
Não quero ser tua tormenta,
nem o que te atormenta.

Quero ser seu passado pesado,
e seu futuro leve.

Preciso ficar longe,
senão a amizade vira nojo.

Eu quero é paz,
e se paz, perto de você, não existe,
eu quero ir pra longe.


"Abra as asas e levanta voo! Não vá para longe, não fique sozinho. Todos temos asas presas no mundo, esperando outro passarinho voar ao nosso lado. Tem dia que passarinho quer, tem dia que passarinho não quer.
Tem água que passarinho não bebe e, quando bebe, voa sem pensar, sozinho ou mal acompanhado.

Voa passarinho, voa! Só não se perca com o vento."
O pior de tudo foi sofrer calada.
Quando já estou em alfa me vem na mente aquela ideia, e o sonho acaba se tornando o passado interrompido misturado com a vontade do que não vou ter.
Acordo chorando, precisando. Mesmo sem amar quem estava comigo nisso eu preciso de um abraço, de carinho antigo pra ajudar a matar (de novo) o que passou. Mas ninguém entende.
Não que eu seja uma adolescente inconformada, sei que sou uma adulta resolvida (finalmente) e plena. Só que também tenho minhas mágoas, e acabei sendo largada, com essas mágoas, em um poço fundo e cheio de esquecimento.
Devia existir uma balança na mente de cada um, onde se pesaria a importância de um abraço ou a importância da compaixão.
Por mais leve que eu esteja, essa falta de ódio ou rancor me assusta. Não dá pra continuar saudável com as pessoas pisando e te usando, te procurando quando tem vontade e te trocando quando enjoam. Preciso odiar, sentir ciúmes, saudade ou inveja.

Aquela confusão interna e a busca eterna se cessaram. Amar a vida, hoje, tem muito a ver com esse bichinho lindo que veio pra casa. A Anita me fez prender os pés no chão de novo, e me deu uma nova opção de futuro pra compensar a falta de poder.



~~~ Pra não mentir, sinto saudade sim... da outra gata. ~~~

terça-feira, 17 de abril de 2012

É menino ou menina?

Bate o arrependimento toda vez que acaba o filme,
sobem os créditos e o grau de desespero.
Deitada, sinto na perna um gatinho ronronar,
é menino ou menina?
Qual seria a tua cara e o meu zelo?
O gato vem pra minha nuca e na cabeça a ideia grita:
é só a Anita, só Anita.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pra que dormir se o que eu vivo já é um sonho?

Não há mistério.

Se disseres mais uma vez que sou misteriosa,
irei lhe presentear com um belo chute no saco.
Não há mistério algum no que faço, é sempre o mesmo:
sofro, consigo, enjoo.
Dê-me dois dias e meu coração estará em você de novo,
não com um amor de mulher pra homem,
mas com a consideração de alguém que te quer por perto.
Não há título para minha posição...

Só sou uma amante constante castigada por Deus com uma timidez incrível,
que precisa de tempo pra dizer que sim, eu quero ser feliz.


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Beijão pra quem leu!

domingo, 8 de abril de 2012

Do canto.

Gosto do cantinho,
de me enfiar no vão da cama,
entre o cara e a parede,
no lugar mais quente.

Gosto daquele espaço vazio,
mesmo que pequeno,
o mais confortável,
isolado e acompanhado.

Gosto de dormir primeiro,
com carinho no cabelo,
respiração na nuca,
e mãozinha no peito.